Por Casa, Comida e Roupa Lavada? Aceito, Sr.!

“Não tenho uma casa, nem mesmo de aluguel, o meu filho dorme embaixo da lona em melhor estado, que armo junto às outras no melhor lugar que encontrar, na rua.
Não tenho um emprego, mas sou letrado, sei ler, escrever e compreender tudo, muito bem.
Acho que tá na hora de mudar tudo isso, estou cansado de pedir, e muitas vezes nem receber, de ver meu filho e minha esposa com fome, num estado deplorável.

Vou aceitar o convite daquele Sr.
Com o dinheiro que ele me pagará minha esposa e meus filhos conseguirão se manter por um tempo, eu estarei longe, abrigado, vestido e sem passar fome. Se der sorte, o cara nem morra...”


Sim, pessoal, esta é mais uma realidade do nosso lindo, maravilhoso e querido Brasil.
Onde os cidadãos não têm emprego, comida, moradia, e o pior, não têm moral, pois os outros lhe tiram, lhe privam disso.

Eu não julgo presidiários serem mais bem tratados, digamos assim, em relação aos moradores de rua, necessitados, não.
Julgo estes serem discriminados e privados de seus direitos.

O governo, convenhamos, não faz nada, pra compensar ainda rouba.
A elite vive a vida da melhor forma que pode, tem dinheiro.
A maioria consegue se manter, ter uma casa, educar bem seus filhos, lhes dar um sustento digno, mesmo que pobre.

Mas e os miseráveis?

Ah, estes que não têm uma casa, não têm uma roupa decente, não têm opinião – perante os outros – e ainda por cima, não têm educação...

Pera, aí... Não têm educação?

Tá, tá bom, a maioria não tem, mas de toda forma a culpa é nossa (sim, nossa) e do governo.
No entanto, meu amigo, não se engane, como diz aquele velho, enjoativo e verdadeiro ditado:

“Não julgue um livro pela capa”

Você acredita que aquele morador de rua, que está ali, na esquina ou viaduto mais próximo à sua casa, nasceu na rua, por acaso?
Acho que não, né?!
Você não sabe por que aquela pessoa está ali, e possivelmente irá dizer coisas bizarras, e julgar mais uma vez...

Mas pare, pense. Nenhum ser humano quer aquilo pra si.
Imagine-se naquela situação (não como chegou lá), e com fome, com frio, alguém vem e traz um cobertor, um prato ou copo de sopa. Ficaria feliz, não?!
É, eu ficaria, mas como eles, também ficaria magoado, revoltado (não disse mal agradecido), pois romperam mais uma vez minha moral, me fez ver mais uma vez que não tenho e não consigo sozinho como sobreviver.

Eu iria querer a vara (no bom sentido, ow... ¬¬), não o peixe.

Sei que possivelmente já pensou em ajudar e/ou ajudou uma pessoa assim, que necessita muito. Mas lembre-se, ela também necessita de apoio moral, e tenha certeza, se você der-lhes um banho, uma roupa limpa e cheirosa, pentear seu cabelo, der um livro e uma oportunidade, essa pessoa possivelmente conseguirá se manter, arranjar pelo menos o que comer no fim do dia sem se humilhar... Ela vai fazer isso com alegria, ela vai te retribuir alegria.

Essa pessoa não pensará em se suicidar, roubar, matar. Ela fará valer a pena a grande oportunidade que teve...

Siga-me no Twitter